quarta-feira, 24 de junho de 2009

AWEN



As brumas se abrem novamente... ouço o cântico dos pássaros nas
florestas como outrora;
As Dríades saúdam a chegada de mais um novo ciclo.
As estrelas emitem uma luz singular e contínua...
Os pássaros gorjeiam a sinfonia de novos tempos...
Os Deuses em conclave oculto tomam nova decisão; tecem novas veredas
para a andarilha noturna.
A nudez não mais,
Nem a vergonha do abandono.
Lágrimas não mais....
Não importam as cicatrizes das batalhas, mas a honra de se ter
lutado, mesmo que sangrando.
Esse é o espírito grandioso e invencível, a Alma de Tudo. Está acima
de todas as verdades. É a inspiração dos bardos, os passos do
guerreiro aprendiz, a iluminação que toca com suavidade e doçura a
mão das parteiras na concepção sagrada entre vilarejos.
Conduz a palavra do Sacerdote e a sentença do Juiz.
O orgulho de pertencer à uma tribo de honra e valor, que subsiste
aos ataques dos inimigos com ousadia e sabedoria, entre as brumas
dos portais que só uns poucos têm resguardado acesso.
A certeza de que em cada aurora, o orvalho molha nossos campos,
trazendo frescor e renovação às nossas terras.
E em cada roda, a colheita é farta e próspera, graças às bênçãos de
nossos Deuses.
Assim, hoje e sempre, mais uma vez entre outras vezes, está o selo
que nos certifica de quem somos e o que trazemos em nosso sangue, em
nossa memória... em nossas almas imortais.

DRull

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